25 maio 2022

Evangelho no Lar

 

Fig. 01

Fazer o Evangelho no Lar tem como finalidade harmonizar espiritualmente o local onde vivemos com a nossa família ou sozinhos. Não se trata de uma prática católica, mas sim um encontro da nossa essência para com o universo que nos rodeia. Muitas vezes temos necessidade de parar um pouco as nossas rotinas do dia a dia e ligar-nos espiritualmente ao que nos envolve com pensamentos cristãos. Não dura mais de 10 / 15 minutos. E isso contribui para nos acalmarmos e estarmos mais despertos para as dificuldades da vida, porque são elas que nos fazem evoluir na aprendizagem. Todos os espíritas sabem das vantagens que têm em efetuar o Evangelho do Lar. Pode ser efetuado todos os dias, mas normalmente escolhe-se um dia e uma hora definido semanalmente para essa reunião. Poderá colocar uma garrafa com água sobre a mesa a fim de ser magnetizada pela espiritualidade. Pode ainda colocar uma música relaxante de fundo, efetuar uma pequena prece, que não é nada mais que uma conversa com Deus, pedindo a proteção do Espaço a Jesus, maior referencial de ensino e bondade cristã. Faz-se a leitura e comentário de um pequeno livro, neste caso estamos a fazer do livro “Fonte Viva”, do Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Xavier. De seguida, aleatoriamente abre-se o livro Evangelho Segundo o Espiritismo de Allan Kardec, e comenta-se. De seguida faz-se a prece de encerramento pedindo proteção pelo Lar, família, amigos e sobretudo pelo nosso Planeta. Já no fim bebe-se a água que previamente se colocou sobre a mesa. Genericamente é este o processo do Evangelho no Lar, que cada um adapta às circunstâncias, não esquecendo das vantagens em realiza-lo.  

Livro: Fonte Viva 

- Cada qual

"Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo"              (I Coríntios, 12:4.)

Em todos os lugares e posições, cada qual pode revelar qualidades divinas para a edificação de quantos com ele convivem.

Aprender e ensinar constituem tarefas de cada hora, para que colaboremos no engrandecimento do tesouro comum de sabedoria e de amor.

Quem administra, mais frequentemente pode expressar a justiça e a magnanimidade.

Quem obedece, dispõe de recursos mais amplos para demonstrar o dever bem cumprido.

O rico, mais que os outros, pode multiplicar o trabalho e dividir as bênçãos.

O pobre, com mais largueza, pode amealhar a fortuna da esperança e da dignidade.

O forte, mais facilmente, pode ser generoso, a todo instante.

O fraco, sem maiores embaraços, pode mostrar-se humilde, em quaisquer ocasiões.

O sábio, com dilatados cabedais, pode ajudar a todos, renovando o pensamento geral para o bem.

O aprendiz, com oportunidades multiplicadas, pode distribuir sempre a riqueza da boa-vontade.

O são, comumente, pode projetar a caridade em todas as direções.

O doente, com mais segurança, pode plasmar as lições da paciência no ânimo geral.

Os dons diferem, a inteligência se caracteriza por diversos graus, o merecimento apresenta valores múltiplos, a capacidade é fruto do esforço de cada um, mas o Espírito Divino que sustenta as criaturas é substancialmente o mesmo.

Todos somos suscetíveis de realizar muito, na esfera de trabalho em que nos encontramos.

Repara a posição em que te situas e atende aos imperativos do Infinito Bem. Coloca a Vontade Divina acima de teus desejos, e a Vontade Divina te aproveitará.

                              (Pag 23/24) Espírito Emmanuel, Psicografia de Francisco Cândido Xavier

Foto:02



Livro: Evangelho Segundo o Espiritismo 
A vingança

09
A vingança é um dos últimos vestígios dos costumes bárbaros, que tendem a desaparecer. É, como o duelo, um dos últimos hábitos retrógrados com que se debatia a Humanidade, no começo da era cristã.
É por isso que a vingança é um indicador seguro do atraso da Humanidade que a tem como hábito, e dos Espíritos que ainda procuram sugeri-la. Portanto, meus amigos, esse sentimento nunca deve ser
acolhido pelos espíritas. A vingança é o contrário do preceito de Jesus que nos disse para "perdoar aos nossos inimigos", e que aquele que se recusa a perdoar, não somente não é espírita, como também não é cristão. A vingança traz consigo a falsidade e a vileza, suas companheiras assíduas. Quem se entrega a essa paixão, quase nunca o faz às claras. Quando é o mais forte, precipita-se como uma fera sobre o seu inimigo, pois basta vê-lo para que a sua cólera e o seu ódio se inflamem. Na maioria das vezes, dissimula os maus sentimentos que o animam. Segue o inimigo na sombra e aguarda o momento propício para o ferir sem correr riscos. Se não for assim, ataca-o na sua honra e nas suas afeições recorrendo à calúnia e a maldosas insinuações, que espalha aos quatro ventos.
Quando aquele que persegue aparece nos meios atingidos pelo seu sopro envenenado, admira-se de encontrar semblantes frios onde outrora encontrava rostos amigos e bondosos, fica estupefacto quando as mãos que procuravam a sua agora se recusam a apertá-la, enfim, sente-se devastado quando os amigos mais caros e os parentes se desviam e fogem dele. O covarde que se vinga assim é cem vezes mais culpado do que aquele que em frente do inimigo, o insulta face a face!
Fora com esses costumes selvagens! Fora com esses hábitos de outros tempos! O espírita que pretendesse ter, ainda hoje, o direito de se vingar, seria indigno de figurar, por mais tempo, no grupo que tomou por divisa o lema: “Fora da caridade não há salvação”. Mas não vou sequer pensar que um membro da grande família espírita possa alguma vez, no futuro, ceder ao impulso da vingança, mas sim ao impulso do perdão.

(Pg.112) Espírito “Jules Olivier” / Paris, 1862


Foto: 03

Observação: Todas as quartas (20h00) o nosso grupo efetua e publica o Evangelho no Lar
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Fig:02 / Foto:  jm / nefv
Fig:03 / Foto:  espiritismo racional


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