22 junho 2022

Evangelho no Lar

 

Fig. 01

 

Livro: Fonte Viva 

- Obreiros atentos

Aquele, porém, que atenta bem para a lei perfeita da liberdade e nisso persevera, não sendo ouvinte esquecido, mas fazedor da obra, esse tal será bem-aventurado em seus feitos. (Tiago, 1 :25.)

O discípulo da Boa Nova, que realmente comunga com o Mestre, antes de tudo compreende as obrigações que lhe estão afetas e rende sincero culto à lei de liberdade, ciente de que ele mesmo recolherá nas leiras do mundo o que houver semeado. Sabe que o juiz dará conta do tribunal, que o administrador responderá pela mordomia e que o servo se fará responsabilizado pelo trabalho que lhe foi conferido. E, respeitando cada tarefeiro do progresso e da ordem, da luz e do bem, no lugar que lhe é próprio, persevera no aproveitamento das possibilidades que recebeu da Providência Divina, atencioso para com as lições da verdade e aplicado às boas obras de que se sente encarregado pelos Poderes Superiores da Terra.

Caracterizando-se por semelhante atitude, o colaborador do Cristo, seja estadista ou varredor, está integrado com o dever que lhe cabe, na posição de agir e servir, tão naturalmente quanto comunga com o oxigênio no ato de respirar.

Se dirige, não espera que outros lhe recordem os empreendimentos que lhe competem. Se obedece, não reclama instruções reiteradas, quanto às atribuições que lhe são deferidas na disposição regimental dos trabalhos de qualquer natureza. Não exige que o governo do seu distrito lhe mande adubar a horta, nem aguarda decretos para instruir-se ou melhorar-se.

Fortalecendo a sua própria liberdade de aprender, aprimorar-se e ajudar a todos, através da inteira consagração aos nobres deveres que o mundo lhe confere, faz-se bem-aventurado em todas as suas ações, que passam a produzir vantagens substanciais na prosperidade e elevação da vida comum.

Semelhante seguidor do Evangelho, de aprendiz do Mestre passa à categoria dos obreiros atentos, penetrando em glorioso silêncio nas reservas sublimes do Celeste Apostolado.

                              (Pag 31/32) Espírito Emmanuel, Psicografia de Francisco Cândido Xavier

Foto:02



Livro: Evangelho Segundo o Espiritismo 

Limites da encarnação

24. Quais são os limites da encarnação?
A encarnação de um Espírito numa sucessão de corpos físicos não tem limites temporais nitidamente traçados, levando em conta que o veículo material que envolve o Espírito vai diminuindo de densidade à medida que o Espírito se purifica.
Em certos mundos mais avançados do que a Terra, a sua materialidade já é menos compacta, menos pesada, ou seja, o corpo é menos denso, e consequentemente menos sujeito a dificuldades. Num grau mais elevado é diáfano e quase fluídico. Desmaterializa-se gradualmente e a sua densidade aproxima-se da do perispírito. O corpo é sempre apropriado à natureza do mundo onde o Espírito é chamado a viver.
O próprio perispírito sofre transformações sucessivas. Aperfeiçoa-se cada vez mais até à purificação completa, que constitui a natureza dos Espíritos puros.
Há mundos especiais destinados, como estações, a acolher Espíritos mais avançados; mas estes não ficam limitados a esse mundo, como nos mundos inferiores. O estado de desprendimento que já atingiram permite-lhes viajar para qualquer parte onde sejam chamados para cumprir as missões que lhes são confiadas.
Se considerarmos a encarnação do ponto de vista material, tal como existe na Terra, podemos dizer que ela se limita aos mundos inferiores. Depende do Espírito libertar-se mais ou menos rapidamente, trabalhando para a sua purificação.
Temos ainda a considerar que, no intervalo das existências corporais, a situação do Espírito está em
relação com a natureza do mundo a que o liga o seu grau de aperfeiçoamento. Nesse período de tempo, é mais ou menos feliz, livre e esclarecido, conforme for mais ou menos desmaterializado.


(Pg.50) Espírito "São Luis" / Paris, 1859


Foto: 03

Observação: Todas as quartas (20h00) o nosso grupo efetua e publica o Evangelho no Lar
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Fig:02 / Foto:  jm / nefv
Fig:03 / Foto:  espiritismo racional

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Fazer o Evangelho no Lar tem como finalidade harmonizar espiritualmente o local onde vivemos com a nossa família ou sozinhos. Não se trata de uma prática católica, mas sim um encontro da nossa essência para com o universo que nos rodeia. Muitas vezes temos necessidade de parar um pouco as nossas rotinas do dia a dia e ligar-nos espiritualmente ao que nos envolve com pensamentos cristãos. Não dura mais de 10 / 15 minutos. E isso contribui para nos acalmarmos e estarmos mais despertos para as dificuldades da vida, porque são elas que nos fazem evoluir na aprendizagem. Todos os espíritas sabem das vantagens que têm em efetuar o Evangelho do Lar. Pode ser efetuado todos os dias, mas normalmente escolhe-se um dia e uma hora definido semanalmente para essa reunião. Poderá colocar uma garrafa com água sobre a mesa a fim de ser magnetizada pela espiritualidade. Pode ainda colocar uma música relaxante de fundo, efetuar uma pequena prece, que não é nada mais que uma conversa com Deus, pedindo a proteção do Espaço a Jesus, maior referencial de ensino e bondade cristã. Faz-se a leitura e comentário de um pequeno livro, neste caso estamos a fazer do livro “Fonte Viva”, do Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Xavier. De seguida, aleatoriamente abre-se o livro Evangelho Segundo o Espiritismo de Allan Kardec, e comenta-se. De seguida faz-se a prece de encerramento pedindo proteção pelo Lar, família, amigos e sobretudo pelo nosso Planeta. Já no fim bebe-se a água que previamente se colocou sobre a mesa. Genericamente é este o processo do Evangelho no Lar, que cada um adapta às circunstâncias, não esquecendo das vantagens em realiza-lo. 

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