27 dezembro 2023

Evangelho no Lar (27 Dec 23)

 

Fig. 01

 

Livro: Fonte Viva 

14 Indagação Oportuna

Disse-lhes: - Recebestes vós o Espírito Santo quando crestes?        ATOS (19:2).

A pergunta apostólica vibra ainda em todas as direções, com a maior oportunidade, nos círculos do Cristianismo.

Em toda parte, há pessoas que começam a crer e que já creem, nas mais variadas situações.

Aqui, alguém aceita aparentemente o Evangelho para ser agradável às relações sociais.

Ali, um indagador procura o campo da fé, tentando acertar problemas intelectuais que considera importantes.

Além, um enfermo recebe o socorro da caridade e se declara seguidor da Boa Nova, guiando-se pelas impressões de alívio físico.

Amanhã, todavia, ressurgem tão insatisfeitos e tão desesperados quanto antes.

Nos arraiais do Espiritismo, tais fenômenos são frequentes.

Encontramos grande número de companheiros que se afirmam pessoas de fé, por haverem identificado a sobrevivência de algum parente desencarnado, porque se livraram de alguma dor de cabeça ou porque obtiveram solução para certos problemas da luta material; contudo, amanhã prosseguem duvidando de amigos espirituais e de médiuns respeitáveis, acolhem novas enfermidades ou se perdem através de novos labirintos do aprendizado humano.

A interrogação de Paulo continua cheia de atualidade.

Que espécie de espírito recebemos no ato de crer na orientação de Jesus? O da fascinação? O da indolência? O da pesquisa inútil? O da reprovação sistemática às experiências dos outros?

Se não abrigamos o espírito de santificação que nos melhore e nos renove para o Cristo, a nossa fé representa frágil candeia, suscetível de apagar-se ao primeiro golpe de vento.

                              (Pág. 43/44) Espírito Emmanuel, Psicografia de Francisco Cândido Xavier

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Livro: Evangelho Segundo o Espiritismo 

Capítulo I - Não vim destruir a Lei
1. Não penseis que vim abolir a lei e os profetas; não vim para os abolir, mas para dar-lhes cumprimento. Porque em verdade vos digo que até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei sem que tudo esteja completamente cumprido. (Mateus, 5: 17-18).

As três revelações
Moisés

2 As leis de Moisés tinham duas áreas de intervenção bastante diferentes: a lei de Deus, revelada no Monte Sinai, e a lei civil ou disciplinar, estabelecida por Moisés. A primeira é invariável, e a segunda foi sendo adequada aos hábitos e ao caráter do povo.
A lei de Deus é constituída pelos dez mandamentos seguintes:
I - Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Não terás deuses estrangeiros diante de mim. Não farás para ti imagens de escultura, nem figura alguma de tudo o que há em cima no céu e em baixo na terra, nem do que haja nas águas debaixo da terra. Não os adorarás nem lhes prestarás culto. (Êxodo, 20: 2-4).
II - Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão. (Êxodo, 20:7)
III - Lembra-te de santificar o dia de sábado (Êxodo, 20:8).
IV - Honrarás o teu pai e a tua mãe para teres uma dilatada vida sobre a terra que o Senhor teu Deus te dará (Êxodo, 20:12).
V - Não matarás (Êxodo, 20:13).
VI - Não cometerás adultério (Êxodo, 20:14).
VII - Não furtarás (Êxodo, 20:15).
VIII - Não dirás falso testemunho contra o teu próximo (Êxodo, 20:16).
IX - Não desejarás a mulher do próximo (Êxodo, 20:17).
X - Não cobiçarás a casa do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem outra coisa alguma que lhe pertença (Êxodo, 20:17).
Esta lei é de todos os tempos e de todos os lugares e por isso mesmo tem um caráter divino. As outras são de Moisés e foram concebidas para governar autoritariamente um povo muito turbulento e indisciplinado, com hábitos enraizados e preconceitos adquiridos durante a servidão no Egito. Para conseguir impor esse tipo de leis, Moisés teve de lhes atribuir uma origem divina, como o fizeram todos os legisladores de povos dessas épocas. A autoridade humana tinha de se apoiar na autoridade de Deus, e só a ideia de um Deus terrível podia impressionar gente ignorante, cujo sentido moral e de justiça eram muito rudimentares. É evidente que aquele que tinha estabelecido mandamentos tais como "não matarás", e “não farás mal ao teu próximo, não podia contradizer-se instituindo leis que incluíam a morte. As leis de Moisés tinham, portanto, um caráter essencialmente transitório.

Jesus 
3. Jesus não veio destruir a lei de Deus. Veio cumpri-la, desenvolvê-la, dar-lhe o seu verdadeiro sentido e adaptá-la ao grau de evolução da Humanidade. Nela encontramos a base da sua ideologia, constituída pelos nossos deveres para com Deus e para com o próximo. Quanto às leis de Moisés, propriamente ditas, modificou-as profundamente, na forma e no conteúdo. Combateu constantemente o abuso das práticas exteriores e as falsas interpretações. Fê-las passar por uma reforma radical, reduzindo-as a estas palavras: "Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo", acrescentando: "Nisto está toda a lei e os profetas".
Por estas palavras: “até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei sem que tudo esteja completamente cumprido” Jesus quis dizer que era necessário que a lei de Deus fosse cumprida e praticada em toda a Terra, em toda a sua pureza, com todos os seus desenvolvimentos e todas as suas consequências. De facto, de que serviria estabelecer essa lei, se ela ficasse privilégio de alguns ou mesmo de um só povo? Sendo todos os seres humanos filhos de Deus, são, sem distinção, objeto da mesma solicitude.
4. Mas o papel de Jesus não foi só o de um legislador moralista, apenas com a autoridade da sua palavra. Veio cumprir as profecias que tinham anunciado a sua vinda, e a sua autoridade excecional resultava da natureza do seu Espírito e da sua missão divina. Veio ensinar às pessoas que a verdadeira vida não está na Terra, mas no reino dos céus. Veio ensinar-lhes o caminho que as conduz até lá e os meios de se reconciliarem com Deus, sensibilizá-las para as coisas futuras e para o cumprimento dos destinos da Humanidade.
Não disse tudo e, sobre muitos pontos limitou-se a lançar a semente de verdades que, como declarou, ainda não podiam ser compreendidas. Falou de tudo, mas em termos mais ou menos explícitos, de modo que para entender o sentido oculto de certas palavras era preciso que novas ideias e novos conhecimentos viessem revelar o seu significado. Esses conhecimentos não podiam surgir antes de o Espírito humano ter atingido um certo grau de maturidade. O desenvolvimento da ciência deveria dar um poderoso contributo para a eclosão e o desenvolvimento de certas ideias. Era preciso, portanto, dar tempo à ciência para progredir.

(continua)


(Pg.29/30) 


Foto: 03

Observação: Todas as quartas (20h00)(hora de Portugal) o nosso grupo efetua e publica o Evangelho no Lar
- Próximo Evangelho:  03 janeiro 2024
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Fig:02 / Foto:  jm / nefv
Fig:03 / Foto:  espiritismo racional

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Fazer o Evangelho no Lar tem como finalidade harmonizar espiritualmente o local onde vivemos com a nossa família ou sozinhos. Não se trata de uma prática católica, mas sim um encontro da nossa essência para com o universo que nos rodeia. Muitas vezes temos necessidade de parar um pouco as nossas rotinas do dia a dia e ligar-nos espiritualmente ao que nos envolve com pensamentos cristãos. Não dura mais de 10 / 15 minutos. E isso contribui para nos acalmarmos e estarmos mais despertos para as dificuldades da vida, porque são elas que nos fazem evoluir na aprendizagem. Todos os espíritas sabem das vantagens que têm em efetuar o Evangelho do Lar. Pode ser efetuado todos os dias, mas normalmente escolhe-se um dia e uma hora definido semanalmente para essa reunião. Poderá colocar uma garrafa com água sobre a mesa a fim de ser magnetizada pela espiritualidade. Pode ainda colocar uma música relaxante de fundo, efetuar uma pequena prece, que não é nada mais que uma conversa com Deus, pedindo a proteção do Espaço a Jesus, maior referencial de ensino e bondade cristã. Faz-se a leitura e comentário de um pequeno livro, neste caso estamos a fazer do livro “Fonte Viva”, do Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Xavier. De seguida, aleatoriamente abre-se o livro Evangelho Segundo o Espiritismo de Allan Kardec, e comenta-se. De seguida faz-se a prece de encerramento pedindo proteção pelo Lar, família, amigos e sobretudo pelo nosso Planeta. Já no fim bebe-se a água que previamente se colocou sobre a mesa. Genericamente é este o processo do Evangelho no Lar, que cada um adapta às circunstâncias, não esquecendo das vantagens em realiza-lo. 

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