04 maio 2022

Evangelho No Lar

 

Fig. 01

Fazer o Evangelho no Lar tem como finalidade harmonizar espiritualmente o local onde vivemos com a nossa família ou sozinhos. Não se trata de uma prática católica, mas sim um encontro da nossa essência para com o universo que nos rodeia. Muitas vezes temos necessidade de parar um pouco as nossas rotinas do dia a dia e ligar-nos espiritualmente ao que nos envolve com pensamentos cristãos. Não dura mais de 10 / 15 minutos. E isso contribui para nos acalmarmos e estarmos mais despertos para as dificuldades da vida, porque são elas que nos fazem evoluir na aprendizagem. Todos os espíritas sabem das vantagens que têm em efetuar o Evangelho do Lar. Pode ser efetuado todos os dias, mas normalmente escolhe-se um dia e uma hora definido semanalmente para essa reunião. Poderá colocar uma garrafa com água sobre a mesa a fim de ser magnetizada pela espiritualidade. Pode ainda colocar uma música relaxante de fundo, efetuar uma pequena prece, que não é nada mais que uma conversa com Deus, pedindo a proteção do Espaço a Jesus, maior referencial de ensino e bondade cristã. Faz-se a leitura e comentário de um pequeno livro, neste caso estamos a fazer do livro “Fonte Viva”, do Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Xavier. De seguida, aleatoriamente abre-se o livro Evangelho Segundo o Espiritismo de Allan Kardec, e comenta-se. De seguida faz-se a prece de encerramento pedindo proteção pelo Lar, família, amigos e sobretudo pelo nosso Planeta. Já no fim bebe-se a água que previamente se colocou sobre a mesa. Genericamente é este o processo do Evangelho no Lar, que cada um adapta às circunstâncias, não esquecendo das vantagens em realiza-lo.  

Livro: Fonte Viva 

1 - Ante a lição

 "Considera o que te digo, porque o Senhor te dará entendimento em tudo." - Paulo. (II TIMÓTEO, 2:7.)

Ante a exposição da verdade, não te esquives à meditação sobre as luzes que recebes. Quem fita o céu, de relance, sem contempla-lo, não enxerga as estrelas; e quem ouve uma sinfonia, sem abrir-lhe a acústica da alma, não lhe percebe as notas divinas. Debalde escutarás a palavra inspirada de pregadores ardentes, se não descerrares o coração para que o teu sentimento mergulhe na claridade bendita daquela. Inúmeros seguidores do Evangelho se queixam da incapacidade de retenção dos ensinos da Boa Nova, afirmando-se ineptos à frente das novas revelações, e isto porque não dispensam maior trato à lição ouvida, demorando-se longo tempo na província da distração e da leviandade. Quando a câmara permanece sombria, somos nos quem desata o ferrolho à janela para que o sol nos visite. Dediquemos algum esforço à graça da lição e a lição nos responderá com as suas graças. O apóstolo dos gentios é claro na observação. "Considera o que te digo, porque, então, o Senhor te dará entendimento em tudo." Considerar significa examinar, atender, refletir e apreciar. Estejamos, pois, convencidos de que, prestando atenção aos apontamentos do Código da Vida Eterna, o Senhor, em retribuição à nossa boa-vontade, dar-nos-á entendimento em tudo.

(Pag 16/17) Espírito Emmanuel, Psicografia de Francisco Cândido Xavier

Foto:02


Livro: Evangelho Segundo o Espiritismo 
Os órfãos
18. Meus irmãos, amai os órfãos! Se soubésseis quanto é triste estar só e abandonado, sobretudo na infância! Deus permite que existam órfãos, para nos estimular a servirmos-lhes de pais. Que divina caridade, a de ajudar uma pobre criaturinha abandonada, livrá-la da fome e do frio, orientar a sua alma para que ela não se perca no vício! Quem estende a mão a uma criança abandonada é agradável a Deus, porque compreende e pratica a sua lei. Lembrai-vos também de que, frequentemente, a criança que agora socorreis vos foi querida numa encarnação anterior, e se o pudésseis recordar, o que fazeis já não seria caridade, mas o cumprimento de um dever. Todos os que sofrem são vossos irmãos e têm direito à vossa caridade. Não a caridade que magoa o coração ou que queima a mão que a recebe, pois há donativos que são às vezes muito amargos. Quantas vezes seriam recusados, se não os esperasse a urgência dolorosa da privação. Dai, pois, com delicadeza, juntando ao benefício material o mais precioso de todos os auxílios: uma boa palavra, uma carícia, um sorriso amigo. Evitai esse ar protetor que faz doer o coração de quem recebe, e pensai que, ao fazer o bem, trabalhais para vós mesmos e para aqueles que vos são queridos.
(Pg.126) Um Espírito familiar / Paris, 1860


Foto: 03

Observação: Todas as quartas o nosso grupo efetua e publica o Evangelho no Lar
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Fig:02 / Foto:  jm / nefv
Fig:03 / Foto:  espiritismo racional



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