11 maio 2022

(2) Evangelho no Lar

 

Fig. 01

Fazer o Evangelho no Lar tem como finalidade harmonizar espiritualmente o local onde vivemos com a nossa família ou sozinhos. Não se trata de uma prática católica, mas sim um encontro da nossa essência para com o universo que nos rodeia. Muitas vezes temos necessidade de parar um pouco as nossas rotinas do dia a dia e ligar-nos espiritualmente ao que nos envolve com pensamentos cristãos. Não dura mais de 10 / 15 minutos. E isso contribui para nos acalmarmos e estarmos mais despertos para as dificuldades da vida, porque são elas que nos fazem evoluir na aprendizagem. Todos os espíritas sabem das vantagens que têm em efetuar o Evangelho do Lar. Pode ser efetuado todos os dias, mas normalmente escolhe-se um dia e uma hora definido semanalmente para essa reunião. Poderá colocar uma garrafa com água sobre a mesa a fim de ser magnetizada pela espiritualidade. Pode ainda colocar uma música relaxante de fundo, efetuar uma pequena prece, que não é nada mais que uma conversa com Deus, pedindo a proteção do Espaço a Jesus, maior referencial de ensino e bondade cristã. Faz-se a leitura e comentário de um pequeno livro, neste caso estamos a fazer do livro “Fonte Viva”, do Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Xavier. De seguida, aleatoriamente abre-se o livro Evangelho Segundo o Espiritismo de Allan Kardec, e comenta-se. De seguida faz-se a prece de encerramento pedindo proteção pelo Lar, família, amigos e sobretudo pelo nosso Planeta. Já no fim bebe-se a água que previamente se colocou sobre a mesa. Genericamente é este o processo do Evangelho no Lar, que cada um adapta às circunstâncias, não esquecendo das vantagens em realiza-lo.  

Livro: Fonte Viva 

- Modo de fazer

 "De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus”.                                                           Paulo (FILIPENSES 2:5).

Todos fazem alguma coisa na vida humana, mas raros não voltam à carne para desfazer quanto fizeram. Ainda mesmo a criatura ociosa, que passou o tempo entre a inutilidade e a preguiça, é constrangida a tornar à luta, a fim de desintegrar a rede de inércia que teceu ao redor de si mesma. Somente constrói, sem necessidade de reparação ou corrigenda, aquele que se inspira no padrão de Jesus para criar o bem. Fazer algo em Cristo é fazer sempre o melhor para todos:

Sem expectativa de remuneração. 

Sem exigências. 

Sem mostrar-se.

Sem exibir superioridade.

Sem tributos de reconhecimento. 

Sem perturbações.

Em todos os passos do Divino Mestre, vemo-lo na ação incessante, em favor do indivíduo e da coletividade, sem prender-se. Da carpintaria de Nazaré à cruz de Jerusalém, passa fazendo o bem, sem outra paga além da alegria de estar executando a Vontade do Pai. Exalta o vintém da viúva e louva a fortuna de Zaqueu, com a mesma serenidade. Conversa amorosamente com algumas criancinhas e multiplica o pão para milhares de pessoas, sem alterar-se. Reergue Lázaro do sepulcro e caminha para o cárcere, com a atenção centralizada nos Desígnios Celestes. Não te esqueças de agir para a felicidade comum, na linha infinita dos teus dias e das tuas horas. Todavia, para que a ilusão te não imponha o fel do desencanto ou da soledade, ajuda a todos, indistintamente, conservando, acima de tudo, a glória de ser útil, "de modo que haja em nós o mesmo sentimento que vive em Jesus -Cristo".

(Pag 19/20) Espírito Emmanuel, Psicografia de Francisco Cândido Xavier

Foto:02


Livro: Evangelho Segundo o Espiritismo 

28Um ser humano agoniza em grande sofrimento. Sabe-se que o seu estado não tem esperança. É permitido poupar-lhe alguns instantes de agonia, abreviando-lhe o fim?
− Quem vos daria o direito de conhecer previamente os desígnios de Deus?
Deus pode conduzir uma pessoa até a beira da sepultura, para de lá a retirar logo de seguida, com o intuito de a fazer examinar-se a si mesma e, a partir daí, reconsiderar as suas convicções. Mesmo que nos pareça que um moribundo já chegou ao extremo, ninguém pode dizer, com certeza, que soou a sua hora final. A ciência, por acaso, nunca se enganou nas suas previsões?
Há casos, é certo, que se podem considerar como desesperados; mas, se não há qualquer esperança fundada de um regresso definitivo à vida e à saúde, há muitos exemplos em que, no momento do último suspiro, o doente se reanima e recupera as suas faculdades por instantes. Essa hora de graça que lhe é concedida pode ser para ele da maior importância, pois são muitas as reflexões que o seu Espírito pode fazer nas convulsões da agonia, e um súbito clarão de arrependimento pode poupar-lhe graves tormentos.
O materialista, que só vê o corpo, não levando em conta a existência da alma, não pode compreender estas coisas. Mas o espírita, que sabe o que se passa além-túmulo, conhece o valor do último pensamento.
Aliviai os últimos sofrimentos o máximo que puderdes, mas recusai abreviar a vida, mesmo que seja apenas por um minuto, porque esse minuto pode poupar muitas lágrimas no futuro.

(Pg.66) Espírito “São Luís” / Paris, 1860


Foto: 03

Observação: Todas as quartas o nosso grupo efetua e publica o Evangelho no Lar
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Fig:02 / Foto:  jm / nefv
Fig:03 / Foto:  espiritismo racional


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