18 maio 2022

Evangelho no Lar

 

Fig. 01

Fazer o Evangelho no Lar tem como finalidade harmonizar espiritualmente o local onde vivemos com a nossa família ou sozinhos. Não se trata de uma prática católica, mas sim um encontro da nossa essência para com o universo que nos rodeia. Muitas vezes temos necessidade de parar um pouco as nossas rotinas do dia a dia e ligar-nos espiritualmente ao que nos envolve com pensamentos cristãos. Não dura mais de 10 / 15 minutos. E isso contribui para nos acalmarmos e estarmos mais despertos para as dificuldades da vida, porque são elas que nos fazem evoluir na aprendizagem. Todos os espíritas sabem das vantagens que têm em efetuar o Evangelho do Lar. Pode ser efetuado todos os dias, mas normalmente escolhe-se um dia e uma hora definido semanalmente para essa reunião. Poderá colocar uma garrafa com água sobre a mesa a fim de ser magnetizada pela espiritualidade. Pode ainda colocar uma música relaxante de fundo, efetuar uma pequena prece, que não é nada mais que uma conversa com Deus, pedindo a proteção do Espaço a Jesus, maior referencial de ensino e bondade cristã. Faz-se a leitura e comentário de um pequeno livro, neste caso estamos a fazer do livro “Fonte Viva”, do Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Xavier. De seguida, aleatoriamente abre-se o livro Evangelho Segundo o Espiritismo de Allan Kardec, e comenta-se. De seguida faz-se a prece de encerramento pedindo proteção pelo Lar, família, amigos e sobretudo pelo nosso Planeta. Já no fim bebe-se a água que previamente se colocou sobre a mesa. Genericamente é este o processo do Evangelho no Lar, que cada um adapta às circunstâncias, não esquecendo das vantagens em realiza-lo.  

Livro: Fonte Viva 

- Na grande romagem

"Pela fé, Abraão, sendo chamado, obedeceu, indo para um lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem saber para onde ia".                (Hebreus, 11:8)

(Pag 21/22) Espírito Emmanuel, Psicografia de Francisco Cândido Xavier

Foto:02


Pela fé, o aprendiz do Evangelho é chamado, como Abraão, à sublime herança que lhe é destinada.
A conscrição atinge a todos.
O grande patriarca hebreu saiu sem saber para onde ia...
E nós, por nossa vez, devemos erguer o coração e partir igualmente. Ignoramos as estações de contato na caminhada enorme, mas estamos informados de que o nosso objetivo é Cristo Jesus.
Quantas vezes seremos constrangidos a pisar sobre espinheiros da calúnia? Quantas vezes transitaremos pelo trilho escabroso da incompreensão? Quantos aguaceiros de lágrimas nos alcançarão o espírito? Quantas nuvens estarão interpostas, entre o nosso pensamento e o Céu, em largos trechos da senda?
Insolúvel a resposta. Importa, contudo, marchar sempre, no caminho interior da própria redenção, sem esmorecimento.
Hoje, é o suor intensivo; amanhã, é a responsabilidade; depois, é o sofrimento e, em seguida, é a solidão...
Ainda assim, é indispensável seguir sem desânimo.
Quando não seja possível avançar dois passos por dia, desloquemo-nos para diante, pelo menos, alguns milímetros...
Abre-se a vanguarda em horizontes novos de entendimento e bondade, iluminação espiritual e progresso na virtude.
Subamos, sem repouso, pela montanha escarpada:
Vencendo desertos...
Superando dificuldades...
Varando nevoeiros...
Eliminando obstáculos...
Abraão obedeceu, sem saber para onde ia, e encontrou a realização da sua felicidade.
Obedeçamos, por nossa vez, conscientes de nossa destinação e convictos de que o Senhor nos espera, além da nossa cruz, nos cimos resplandecentes da eterna ressurreição.


Livro: Evangelho Segundo o Espiritismo 
A verdadeira propriedade

09
0 ser humano só possui, como propriedade plena, aquilo que pode levar deste mundo. O que encontra ao chegar e o que deixa ao partir, desfruta-o durante a sua permanência na Terra. Quando esta termina, o que é que possui?
Nada que diga respeito ao corpo, apenas o que se refere ao uso da alma: a inteligência, os conhecimentos, as qualidades morais. É isso que traz e leva consigo, que ninguém tem o poder de lhe tirar e que lhe servirá muito mais no outro mundo do que neste.
Dele depende estar espiritual e culturalmente mais rico ao partir do que ao chegar a este mundo, porque a sua posição futura depende do que tiver adquirido no bem.
Quando uma pessoa vai para um país longínquo, faz a sua bagagem com objetos utilizáveis nesse país, e não se carrega com coisas que lhe seriam inúteis. Fazei, pois, o mesmo, em relação à vida futura, reunindo tudo o que nela vos poderá servir.
O viajante que chega a um hotel, consegue um bom alojamento se pode pagar; o que pode menos consegue um pior e o que nada tem dorme na rua.
Assim acontece aos que regressam ao mundo dos Espíritos: a sua posição depende das suas posses, com a diferença de que não pode pagar em dinheiro. Não lhe será perguntado quanto tinha em dinheiro, que posição ocupava, se era patrão ou operário. Mas ser-lhe-á perguntado o que traz consigo de enriquecimento espiritual.
Não se falará de bens materiais nem de posição social, mas serão contadas as suas virtudes. Nesse cálculo o operário talvez seja considerado mais rico do que o banqueiro. Em vão alegará este que, antes de partir, pagou com fortunas a sua entrada no Céu, pois lhe será dito que posições no mundo espiritual não são compradas, mas ganhas pela prática do bem.
Com a moeda terrena podem comprar-se terras, casas, palácios; mas no mundo espiritual só valem as qualidades do coração. Quem for rico dessas qualidades, é lugar onde todas as venturas o esperam. Se é pobre vai para onde será tratado à medida do seu mérito.


(Pg.143) Espírito “Pascal” / Genebra, 1860


Foto: 03

Observação: Todas as quartas o nosso grupo efetua e publica o Evangelho no Lar
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Fig:02 / Foto:  jm / nefv
Fig:03 / Foto:  espiritismo racional


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