21 novembro 2023

Evangelho no Lar (22Nov23)

 

Fig. 01

 

Livro: Fonte Viva 

Estejamos Contentes

Tendo, porém, sustento e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes. Paulo. (1 TIMÓTEO, 6:8.)

O monopolizador de trigo não poderá abastecer-se à mesa senão de algumas fatias de pão, para saciar as exigências da sua fome.

O proprietário da fábrica de tecidos não despenderá senão alguns metros de pano para a confecção de um costume, destinado ao próprio uso.

Ninguém deve alimentar-se ou vestir-se pelos padrões da gula e da vaidade, mas sim de conformidade com os princípios que regem a vida em seus fundamentos naturais.

Por que esperas o banquete, a fim de ofereceres algumas migalhas ao companheiro que passa faminto?

Por que reclamas um tesouro de moedas na retaguarda, para seres útil ao necessitado?

A caridade não depende da bolsa. É fonte nascida no coração.

É sempre respeitável o desejo de algo possuir no mealheiro para socorro do próximo ou de si mesmo, nos dias de borrasca e insegurança, entretanto, é deplorável a subordinação da prática do bem ao cofre recheado.

Descerra, antes de tudo, as portas da tua alma e deixa que o teu sentimento fulgure para todos, à maneira de um astro cujos raios iluminem, balsamizem, alimentem e aqueçam.

A chuva, derramando-se em gotas, fertiliza o solo e sustenta bilhões de vidas. Dividamos o pouco, e a insignificância da boa-vontade, amparada pelo amor, se converterá com o tempo em prosperidade comum.

Algumas sementes, atendidas com carinho, no curso dos anos, podem dominar glebas imensas.

Estejamos alegres e auxiliemos a todos os que nos partilhem a marcha, porque, segundo a sábia palavra do apóstolo, se possuímos a graça de contar com o pão e com o agasalho para cada dia, cabe-nos a obrigação de viver e servir em paz e contentamento.

                              (Pag 33/34) Espírito Emmanuel, Psicografia de Francisco Cândido Xavier

Foto:02



Livro: Evangelho Segundo o Espiritismo 

Honra teu pai e tua mãe

01Sabes os mandamentos: Não cometas adultério; Não mates; Não furtes; Não digas falsos testemunhos; Não cometas fraudes; Honra teu pai e tua mãe (Marcos 10,19; Lucas 18, 20; Mateus 19, 19).

02Honrarás teu pai e tua mãe, para teres uma dilatada vida sobre a Terra que o Senhor teu Deus te dará. (Decálogo, Êxodo 20,12).

Piedade filial

03O mandamento: "Honrar pai e mãe", é uma consequência da lei geral da caridade e do amor ao próximo, visto que não se pode amar o próximo sem amar pai e mãe. O imperativo “ honra” ou “honrai” inclui também o dever da veneração filial. Deus mostra que ao amor para com os pais é necessário juntar o respeito, os cuidados, a obediência e a condescendência, além de cumprir da maneira mais rigorosa tudo o que a caridade determina em relação ao próximo. Esse dever estende-se às pessoas que, sem serem pais naturais, assumiram generosamente essas funções, cujo mérito é tanto maior, quanto a dedicação é para elas menos obrigatória. Deus pune sempre, de maneira rigorosa, qualquer violação deste mandamento.
Honrar o pai e a mãe não é somente respeitá-los, mas também assistir-lhes nas suas necessidades, proporcionar-lhes o repouso na velhice e cercá-los de cuidados, como eles fizeram por nós na infância. É sobretudo para com os pais sem recursos que se demonstra a verdadeira piedade filial. Não obedecem a este mandamento aqueles que apenas lhes dão o necessário para que não morram de fome, enquanto para si mesmos de nada se privam; ou aqueles que mandam os pais para as piores divisões da casa, reservando para si mesmos as melhores e mais confortáveis.
Pior ainda se tudo o que fazem é feito de má vontade, sendo os pais obrigados a pagar o que lhes resta de vida com o peso de serviços domésticos! Será justo que pais velhos e fracos tenham de servir filhos jovens e fortes? A mãe ter-lhes-á vendido o leite quando ainda estavam no berço? Por acaso contou as noites que passou em claro quando ficavam doentes, ou terá contado os passos que deu, para lhes proporcionar o cuidado necessário?
Não é só o estritamente necessário que os filhos devem aos pais pobres, mas também, tanto quanto puderem, as pequenas alegrias do supérfluo, as amabilidades, os cuidados carinhosos, que são apenas os juros do que receberam, o pagamento de uma dívida sagrada. Essa, unicamente, é a piedade filial aceite por Deus.
Infeliz, portanto, daquele que se esquece da sua dívida para os que o sustentaram na infância, os que, com a vida material, lhe deram também a vida moral e que muitas vezes sofreram duras privações para lhe assegurarem o bem-estar!
Infeliz do ingrato, porque será punido pela ingratidão e pelo abandono; será ferido nas suas mais caras afeições, às vezes desde a vida presente, mas de certeza noutra existência, em que terá de sofrer o que fez os outros sofrerem!
É verdade que certos pais ignoram os seus deveres e não são para os filhos o que deviam ser. Mas é a Deus que compete puni-los e não aos filhos. Não cabe aos filhos censurá-los, porque talvez tenham merecido que assim fosse.
Se a caridade estabelece como lei pagar o mal de terceiros com o bem, ser compreensivos com as imperfeições dos outros, não os maldizer, esquecer e perdoar as ofensas, amar até mesmo as atitudes mais duras , essa obrigação é ainda maior em relação aos pais!
Os filhos devem, por isso mesmo, tomar como regra de conduta para com os pais todos os preceitos de Jesus em relação ao próximo, e lembrar que todos os atos condenáveis em relação aos estranhos, mais condenáveis se tornam para com os pais. Devem lembrar ainda que aquilo que no primeiro caso seria apenas uma falta, pode tornar-se um crime no segundo, porque neste, à falta de caridade junta-se a ingratidão.

04Deus disse: "Honrarás pai e mãe, para teres longa vida sobre a Terra que o Senhor teu Deus te dará." Mas porque promete Deus como recompensa a vida terrena e não a celeste? A explicação encontra-se nas palavras: "Que Deus te dará", que foram suprimidas na forma moderna do decálogo, o que lhe desfigura o sentido. Para compreendermos estas palavras temos que considerar a situação e as ideias dos hebreus, na época em que foram pronunciadas. Os Judeus não concebiam a vida futura. Os seus conhecimentos limitavam-se à compreensão da vida física, baseadas naquilo que viam. É por isso que Deus lhes falou numa linguagem ao seu alcance e, como se faz às crianças, para que a entendessem.
Nesse tempo viviam no deserto. A terra que Deus lhes iria dar seria a “Terra Prometida”, alvo das suas aspirações. Não desejavam mais nada, e Deus disse-lhes que nela viveriam por longo tempo, o que significa que a possuiriam por longo tempo, se obedecessem aos seus mandamentos.
Quando se deu a vinda de Jesus, as ideias dos hebreus estavam mais desenvolvidas. Tendo chegado o
momento de lhes ser dado um alimento menos rude, Jesus inicia-os na vida espiritual, ao dizer: "O meu reino não é deste mundo. É nele, e não na Terra, que recebereis a recompensa das vossas boas ações."
Com estas palavras, a Terra Prometida material transformava-se numa pátria celeste. Assim, quando lhes recordou a necessidade de cumprirem o mandamento ─ Honra teu pai e tua mãe ─ já não é a Terra que lhes promete, mas o Céu. (Caps. II e III).



(Pg.129/130) 


Foto: 03

Observação: Todas as quartas (20h00) o nosso grupo efetua e publica o Evangelho no Lar
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Fig:02 / Foto:  jm / nefv
Fig:03 / Foto:  espiritismo racional

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Fazer o Evangelho no Lar tem como finalidade harmonizar espiritualmente o local onde vivemos com a nossa família ou sozinhos. Não se trata de uma prática católica, mas sim um encontro da nossa essência para com o universo que nos rodeia. Muitas vezes temos necessidade de parar um pouco as nossas rotinas do dia a dia e ligar-nos espiritualmente ao que nos envolve com pensamentos cristãos. Não dura mais de 10 / 15 minutos. E isso contribui para nos acalmarmos e estarmos mais despertos para as dificuldades da vida, porque são elas que nos fazem evoluir na aprendizagem. Todos os espíritas sabem das vantagens que têm em efetuar o Evangelho do Lar. Pode ser efetuado todos os dias, mas normalmente escolhe-se um dia e uma hora definido semanalmente para essa reunião. Poderá colocar uma garrafa com água sobre a mesa a fim de ser magnetizada pela espiritualidade. Pode ainda colocar uma música relaxante de fundo, efetuar uma pequena prece, que não é nada mais que uma conversa com Deus, pedindo a proteção do Espaço a Jesus, maior referencial de ensino e bondade cristã. Faz-se a leitura e comentário de um pequeno livro, neste caso estamos a fazer do livro “Fonte Viva”, do Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Xavier. De seguida, aleatoriamente abre-se o livro Evangelho Segundo o Espiritismo de Allan Kardec, e comenta-se. De seguida faz-se a prece de encerramento pedindo proteção pelo Lar, família, amigos e sobretudo pelo nosso Planeta. Já no fim bebe-se a água que previamente se colocou sobre a mesa. Genericamente é este o processo do Evangelho no Lar, que cada um adapta às circunstâncias, não esquecendo das vantagens em realiza-lo. 

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