06 dezembro 2023

Evangelho no Lar (06Dez23)

 

Fig. 01

 

Livro: Fonte Viva 

11 Glorifiquemos

Ora, a nosso Deus e Pai seja dada glória para todo o sempre. Paulo. FILIPENSES (4:20).

Quando o vaso se retirou da cerâmica, dizia sem palavras:

- Bendito seja o fogo que me proporcionou a solidez.

Quando o arado se ausentou da forja, afirmava em silêncio:

- Bendito seja o malho que me deu forma,

Quando a madeira aprimorada passou a brilhar no palácio, exclamava, sem voz:

- Bendita seja a lâmina que me cortou cruelmente, preparando-me a beleza.

Quando a seda luziu, formosa no templo, asseverava no íntimo:

- Bendita seja a feia lagarta que me deu vida.

Quando a flor se entreabriu, veludosa e sublime, agradeceu, apressada:

- Bendita a terra escura que me encheu de perfume.

Quando o enfermo recuperou a saúde, gritou, feliz:

- Bendita seja a dor que me trouxe a lição do equilíbrio.

Tudo é belo, tudo é grande, tudo é santo na casa de Deus.

Agradeçamos a tempestade que renova, a luta que aperfeiçoa, o sofrimento que ilumina.

A alvorada é maravilha do céu que vem após a noite na Terra.

Que em todas as nossas dificuldades e sombras seja nosso Pai glorificado para sempre.

                              (Pág. 37/38) Espírito Emmanuel, Psicografia de Francisco Cândido Xavier

Foto:02



Livro: Evangelho Segundo o Espiritismo 

Cap. XX - Trabalhadores de última hora

Os últimos serão os primeiros

01O Reino dos céus é semelhante a um pai de família, que saiu de madrugada a assalariar trabalhadores para a sua vinha.
E, ajustando com os trabalhadores a um dinheiro por dia, mandou-os para a sua vinha.
Saindo de novo perto da hora terceira, viu outros que estavam ociosos na praça e disse-lhes: Ide vós também para a vinha e dar-vos-ei o que for justo. E eles foram.
Saindo outra vez, perto da hora sexta e nona, fez o mesmo.
E, saindo perto da hora undécima, encontrou outros que estavam ociosos e perguntou-lhes: Porque estais ociosos todo o dia? Disseram-lhe eles: Porque ninguém nos assalariou. Diz-lhes ele: Ide vós também para a vinha e recebereis o que for justo.
E, aproximando-se a noite, diz o senhor da vinha ao seu mordomo: Chama os trabalhadores, e paga-lhes o salário, começando pelos últimos até aos primeiros.
E, chegando os que tinham ido perto da hora undécima, receberam um dinheiro cada um.
Vindo, porém, os primeiros, cuidaram que haviam de receber mais, mas, do mesmo modo, receberam um dinheiro cada um. E, recebendo-o, murmuravam contra o pai de família, dizendo: estes últimos trabalharam só uma hora e tu os igualaste connosco, que suportamos a fadiga e a calma do dia.
Mas ele, respondendo, disse a um deles: amigo, não te faço injustiça, não ajustaste tu comigo um dinheiro?
Toma o que é teu e retira-te; eu quero dar a este último tanto como a ti. Ou não me é lícito fazer o que
quiser do que é meu? Ou é mau o teu olho porque eu sou bom?
Assim, os últimos serão os primeiros, e os primeiros serão os últimos, porque muitos são os chamados, mas poucos os escolhidos. (Mateus, 20: 1-16.) - Ver também cap. XVIII, "Parábola da Festa de Núpcias".

02O trabalhador da última hora tem direito ao salário mas, para isso, é necessário que a sua boa vontade o tenha mantido à disposição do patrão que o devia empregar, e que o atraso não seja fruto da sua preguiça ou da sua má vontade. Tem direito ao salário porque, desde o nascer do dia, esperava impacientemente ser chamado. Era trabalhador e apenas lhe faltava trabalho.
Se tivesse recusado o trabalho a qualquer hora do dia, se tivesse dito: "Paciência, gosto de descansar! Ao fim do dia pensarei no salário. Não tenho que me incomodar com um patrão que não conheço e de quem não gosto. Quanto mais tarde, melhor!”.
Esse, meus amigos, não teria recebido o salário do trabalho, mas o da preguiça.
E que será daquele que, em vez de ficar simplesmente parado, tivesse passado o dia a cometer más ações? Que tivesse blasfemado contra Deus, vertido o sangue dos seus semelhantes, perturbado as famílias, arruinado pessoas de boa-fé, abusado da inocência? Que tivesse, enfim, mergulhado em toda a infâmia. O que seria dele?
A esse, bastava-lhe dizer: "Senhor, usei mal o meu tempo, empregai-me até ao fim do dia para que faça um pouco, um resto apenas da minha tarefa, e pagai-me o salário do trabalhador de boa vontade". E o patrão responder-lhe-ia: "Agora não tenho nenhum trabalho para ti. Desperdiçaste o tempo, esqueceste o que sabias, já não sabes trabalhar na minha vinha. Aprende de novo e, quando estiveres mais bem-disposto procura-me que te darei que fazer a qualquer hora do dia".
Bons espíritas, meus bem-amados, todos vós sois trabalhadores da última hora. Muito orgulhoso será o que disser: "Comecei a trabalhar de madrugada e só terminarei ao escurecer".
Todos vieram para a pesada vida na carne quando chamados, uns mais cedo, outros mais tarde. Mas há quantos e quantos séculos o Senhor vos chamava, sem que tivessem querido entrar?
Agora é o momento de receberem o salário. Empregai bem a hora que vos resta. Não se esqueçam de que a vossa existência, por mais longa que vos pareça, é um momento muito breve na imensa extensão da eternidade.


Constantino / Espírito protetor, Bordéus, 1863
(Pg.171/172) 


Foto: 03

Observação: Todas as quartas (20h00)(hora de Portugal) o nosso grupo efetua e publica o Evangelho no Lar
- Próximo Evangelho: 13 dezembro 2023
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Fig:02 / Foto:  jm / nefv
Fig:03 / Foto:  espiritismo racional

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Fazer o Evangelho no Lar tem como finalidade harmonizar espiritualmente o local onde vivemos com a nossa família ou sozinhos. Não se trata de uma prática católica, mas sim um encontro da nossa essência para com o universo que nos rodeia. Muitas vezes temos necessidade de parar um pouco as nossas rotinas do dia a dia e ligar-nos espiritualmente ao que nos envolve com pensamentos cristãos. Não dura mais de 10 / 15 minutos. E isso contribui para nos acalmarmos e estarmos mais despertos para as dificuldades da vida, porque são elas que nos fazem evoluir na aprendizagem. Todos os espíritas sabem das vantagens que têm em efetuar o Evangelho do Lar. Pode ser efetuado todos os dias, mas normalmente escolhe-se um dia e uma hora definido semanalmente para essa reunião. Poderá colocar uma garrafa com água sobre a mesa a fim de ser magnetizada pela espiritualidade. Pode ainda colocar uma música relaxante de fundo, efetuar uma pequena prece, que não é nada mais que uma conversa com Deus, pedindo a proteção do Espaço a Jesus, maior referencial de ensino e bondade cristã. Faz-se a leitura e comentário de um pequeno livro, neste caso estamos a fazer do livro “Fonte Viva”, do Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Xavier. De seguida, aleatoriamente abre-se o livro Evangelho Segundo o Espiritismo de Allan Kardec, e comenta-se. De seguida faz-se a prece de encerramento pedindo proteção pelo Lar, família, amigos e sobretudo pelo nosso Planeta. Já no fim bebe-se a água que previamente se colocou sobre a mesa. Genericamente é este o processo do Evangelho no Lar, que cada um adapta às circunstâncias, não esquecendo das vantagens em realiza-lo. 

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