A nossa felicidade será naturalmente proporcional em relação à felicidade que fizermos para os outros.
Allan Kardec
Reconhece-se o verdadeiro espírita por sua transformação moral e pelos esforços que faz para dominar as más inclinações. (Allan Kardec)
A nossa felicidade será naturalmente proporcional em relação à felicidade que fizermos para os outros.
Allan Kardec
Livro: Fonte Viva
10 - Certamente
Certamente, cedo venho. APOCALIPSE (22 :20).
Quase sempre, enquanto a criatura humana respira na carne jovem, a atitude que lhe caracteriza o coração para com a vida é a de uma criança que desconhece o valor do tempo.
Dias e noites são curtos para a internação em alegrias e aventuras fantasiosas. Engodos mil da ilusão efêmera lhe obscurecem o olhar e as horas se esvaem num turbilhão de anseios inúteis.
Raras pessoas escapam de semelhante perda. Geralmente, contudo, quando a maturidade aparece e a alma já possui relativo grau de educação, o homem reajusta, apressado, a conceituação do dia.
A semana é reduzida para o que lhe cabe fazer.
Compreende que os mesmos serviços, na posição em que se encontra, se repetem a determinados meses do ano, perfeitamente recapitulados, qual ocorre às estações de frio e calor, floração e frutescência para a Natureza.
Agita-se, inquieta-se, desdobra-se, no afã de multiplicar as suas forças para enriquecer os minutos ou ampliá-los, favorecendo as próprias energias.
E, comumente, ao termo da romagem, a morte do corpo surpreendendo nos ângulos da expectativa ou do entretenimento, sem que lhe seja dado recuperar os anos perdidos.
Não te embrenhes, assim, na selva humana, despreocupado de tua habilitação à luz espiritual, ante o caminho eterno.
No penúltimo versículo do Novo Testamento, que é a Carta do Amor Divino para a Humanidade, determinou o Senhor fosse gravada pelo apóstolo a sua promessa solene: -."Certamente, cedo venho".
Vale-te, pois, do tempo e não te faças tardio na preparação.
(Pag 35/36) Espírito Emmanuel, Psicografia de Francisco Cândido Xavier
Dai a César o que é de César
Item 5: Então, retirando-se os fariseus, decidiram entre si comprometê-lo no que dissesse. E enviaram-lhe os seus discípulos, juntamente com os adeptos de Herodes que lhe disseram: Mestre, sabemos que és verdadeiro, e que ensinas o verdadeiro caminho de Deus, segundo a verdade, sem olhar a quem quer que seja, porque não olhas às aparências dos homens; diz-nos, pois, qual é o teu parecer: é lícito pagar o tributo a César ou não?.
Porém Jesus, conhecendo a sua malícia disse-lhes: Porque me tentais, hipócritas? Mostrai-me cá a moeda do tributo. E eles apresentaram-lhes um dinheiro. E Jesus disse-lhes: De quem é esta imagem e esta inscrição? Responderam-lhe eles: De César. Então Jesus disse-lhes: Pois dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus. E eles ouvindo isto, maravilharam-se e, deixando-o, retiraram-se. (Mateus, 22, 15-22). (Marcos, 12, 13-17).
Item 6: A pergunta feita a Jesus era motivada pelo horror que os judeus tinham aos impostos exigidos pelos romanos, tendo feito disso uma questão religiosa. Formou-se um partido numeroso para rejeitar esses impostos, cujo pagamento era uma questão de grande atualidade. A pergunta que foi feita a Jesus: "É lícito pagar tributo a César ou não?", justificava-se por esse motivo, e tinha propósitos evidentemente políticos.
Essa pergunta era uma cilada, pois conforme fosse a resposta de Jesus, esperavam virar contra ele quer as autoridades romanas quer os judeus dissidentes. “Jesus, conhecendo a sua malícia”, venceu a dificuldade, dando-lhes uma lição de justiça, ao dizer que dessem a cada um o que lhes era devido. (Ver na Introdução desta obra, grupo III – Notas históricas, o artigo intitulado Publicanos).
Item 7: O preceito "Dai a César o que é de César" não deve ser entendido de maneira limitada ou definitiva. Como todos os ensinamentos de Jesus, é um princípio geral, pragmaticamente resumido e circunstancial. É uma consequência daquele que manda agir com os outros como gostaríamos que os outros agissem connosco. Condena qualquer prejuízo material ou moral causado aos outros e qualquer violação dos seus interesses. Recomenda o respeito pelos direitos de cada um, como cada um deseja ver os seus respeitados. Estende-se ao cumprimento dos deveres para com a família, a sociedade, a autoridade, bem como para com os indivíduos.
Obs: Tradução para português de Portugal / 2020, a partir da Terceira Edição -José da Costa Brites e Maria da Conceição Brites
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Essa foto é de Charles Chaplin, tirada há 100 anos atrás, quando tinha 26 anos. E o seu poema "Quando me Amei", acredita-se que escreveu quando tinha mais de 70 anos.
Quando me amei de verdade, compreendi que, em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento preciso. E, então, pude relaxar. Hoje sei que isso tem nome… AUTOESTIMA.
Quando me amei de verdade, pude perceber que minha angústia e meu sofrimento emocional não são, senão, sinais de que estou indo contra minhas próprias verdades. Hoje sei que isso é AUTENTICIDADE.
Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento. Hoje chamo isso de AMADURECIMENTO.
Quando me amei de verdade, comecei a perceber porque é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa (talvez eu mesmo) não está preparada. Hoje sei que o nome disso é RESPEITO.
Quando me amei de verdade, comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável: pessoas e situações, toda e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início, minha razão chamou essa atitude de egoísmo. Hoje sei que se chama AMOR PRÓPRIO.
Quando me amei de verdade, deixei de me preocupar por não ter tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os megaprojetos de futuro. Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo. Hoje sei que isso é SIMPLICIDADE.
Quando me amei de verdade, desisti de querer sempre ter a razão e, com isso, errei muitas menos vezes. Hoje descobri a HUMILDADE.
Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de me preocupar com o futuro. Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece. Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é PLENITUDE.
Quando me amei de verdade, compreendi que minha mente pode me atormentar e me dececionar. Mas, quando eu a coloco a serviço do meu coração, é uma valiosa aliada.
E isso é SABER VIVER!
Não devemos ter medo de nos questionarmos, até os planetas se chocam e do caos nascem as estrelas.
Charles Chaplin
fonte: Internet
Necessidade da caridade segundo São Paulo
Item 6: Ainda que eu falasse todas as línguas dos homens e dos anjos e não tivesse caridade, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse montanhas, e não tivesse caridade, nada seria. E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse caridade, nada disso me aproveitaria. A caridade é sofredora, é benigna; a caridade não é invejosa; a caridade não trata com leviandade, não se ensoberbece, não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e a caridade, estas três virtudes; porém a maior delas é a caridade. (Paulo, 1 Coríntios, 13:1-7 e 13).
Item 7: São Paulo compreendeu tão profundamente esta verdade, que diz: "Se eu falasse as línguas dos anjos; se tivesse o dom de profecia e conhecesse todos os mistérios; se tivesse toda a fé possível, a ponto de transportar montanhas, mas não tivesse caridade, nada seria. Entre essas três virtudes: a fé, a esperança e a caridade, a maior delas é a caridade." Coloca, assim, sem qualquer dúvida, a caridade acima da própria fé. Porque a caridade está ao alcance de todos, do ignorante e do sábio, do rico e do pobre; e porque é independente de qualquer crença. E faz mais, define a verdadeira caridade: mostra-a, não somente na beneficência, mas no conjunto de todas as qualidades do coração, na bondade e na benevolência para com o próximo.
Obs: Tradução para português de Portugal / 2020, a partir da Terceira Edição -José da Costa Brites e Maria da Conceição Brites
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Livro: Fonte Viva
9 - Estejamos Contentes
Tendo, porém, sustento e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes. Paulo. (1 TIMÓTEO, 6:8.)
O monopolizador de trigo não poderá abastecer-se à mesa senão de algumas fatias de pão, para saciar as exigências da sua fome.
O proprietário da fábrica de tecidos não despenderá senão alguns metros de pano para a confecção de um costume, destinado ao próprio uso.
Ninguém deve alimentar-se ou vestir-se pelos padrões da gula e da vaidade, mas sim de conformidade com os princípios que regem a vida em seus fundamentos naturais.
Por que esperas o banquete, a fim de ofereceres algumas migalhas ao companheiro que passa faminto?
Por que reclamas um tesouro de moedas na retaguarda, para seres útil ao necessitado?
A caridade não depende da bolsa. É fonte nascida no coração.
É sempre respeitável o desejo de algo possuir no mealheiro para socorro do próximo ou de si mesmo, nos dias de borrasca e insegurança, entretanto, é deplorável a subordinação da prática do bem ao cofre recheado.
Descerra, antes de tudo, as portas da tua alma e deixa que o teu sentimento fulgure para todos, à maneira de um astro cujos raios iluminem, balsamizem, alimentem e aqueçam.
A chuva, derramando-se em gotas, fertiliza o solo e sustenta bilhões de vidas. Dividamos o pouco, e a insignificância da boa-vontade, amparada pelo amor, se converterá com o tempo em prosperidade comum.
Algumas sementes, atendidas com carinho, no curso dos anos, podem dominar glebas imensas.
Estejamos alegres e auxiliemos a todos os que nos partilhem a marcha, porque, segundo a sábia palavra do apóstolo, se possuímos a graça de contar com o pão e com o agasalho para cada dia, cabe-nos a obrigação de viver e servir em paz e contentamento.
(Pag 33/34) Espírito Emmanuel, Psicografia de Francisco Cândido Xavier
"As provas têm por fim exercitar a inteligência, tanto quanto a paciência e a resignação"
Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap.V, Allan Kardec
Mundos de expiações e de provas
Item 13: Tudo o que vos disser a respeito dos mundos de expiações já é do vosso conhecimento, uma vez que o conhecimento do vosso próprio planeta deve ser o bastante para vos elucidar. A superioridade da inteligência de um grande número dos seus habitantes indica que a Terra não é um mundo primitivo destinado à encarnação dos Espíritos acabados de sair das mãos do Criador. As qualidades inatas de que são dotados os habitantes que nascem na Terra são a prova de que já viveram e realizaram um certo progresso, mas também os vícios que possuem são o indício de uma grande imperfeição moral. Foi por isso que Deus os colocou num mundo com dificuldades suficientes para expiarem as suas faltas através de um trabalho árduo e de dificuldades de vida adequadas para alcançarem o merecimento de passar para mundos mais felizes.
Item 14: Não obstante, nem todos os Espíritos encarnados na Terra foram enviados para expiação. Os povos a que chamais “primitivos” são constituídos por Espíritos acabados de sair da infância, e que aí estão, por assim dizer, a educarem-se e a desenvolverem-se em contato com Espíritos mais avançados. Vêm a seguir os povos parcialmente civilizados, formados por esses mesmos Espíritos em progresso. São esses os povos indígenas da Terra que se desenvolveram pouco a pouco, através de séculos, conseguindo alguns atingir a perfeição intelectual dos povos mais esclarecidos. Quanto aos Espíritos que estão para expiação no planeta Terra podem ser considerados “estranhos” ou “estrangeiros”. Já viveram noutros mundos de onde foram excluídos por persistirem na maldade, e por terem sido, nesses mundos, causadores de perturbação entre as pessoas boas. Tiveram por isso que ser exilados por algum tempo, para um ambiente de Espíritos mais atrasados, com a missão de os ajudarem a avançar, uma vez que trazem consigo inteligências mais desenvolvidas e o germe dos conhecimentos que adquiriram. É por isso que os Espíritos punidos se encontram entre os povos mais inteligentes, que são também aqueles para quem as desventuras da vida são mais amargas, porque têm mais sensibilidade e são mais atingidos pelos conflitos do que os menos evoluídos, cujo sentido moral é mais atrasado.
Item 15: A Terra pode incluir-se, portanto, no grupo dos mundos de expiação em que as variedades são imensas, mas que têm a característica comum de servirem de exílio para os Espíritos rebeldes à lei de Deus. Nesses mundos, os Espíritos exilados têm de lutar, ao mesmo tempo, contra a perversidade dos seus semelhantes e contra a inclemência da natureza, trabalho duplamente penoso que desenvolve simultaneamente as qualidades do coração e as da inteligência. É assim que Deus, na sua bondade, torna o próprio castigo proveitoso para o progresso do Espírito.
Espírito “Santo Agostinho” / Paris, 1862
Obs: Tradução para português de Portugal / 2020, a partir da Terceira Edição -José da Costa Brites e Maria da Conceição Brites
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Os laços de família são fortalecidos pela reencarnação e seriam quebrados pela unicidade da existência.
Item 21:Vejamos agora quais seriam as consequências da teoria da “não reencarnação”. Necessariamente, excluiria a preexistência da alma; se as almas fossem criadas ao mesmo tempo que os corpos, não existiria entre elas nenhuma ligação anterior. Seriam, pois, completamente estranhas umas às outras. O pai seria estranho ao filho e a união das famílias ficaria assim reduzida unicamente à filiação corporal, sem nenhum laço espiritual. Não haveria, portanto, nenhum motivo para se vangloriarem de terem como antepassados algumas personagens ilustres. Com a reencarnação, ascendentes e descendentes podem já ter-se conhecido, terem vivido juntos, terem-se amado, e podem reunir-se mais tarde para estreitarem os seus laços de simpatia.
Item 22: Isso quanto ao passado. Quanto ao futuro, segundo os dogmas fundamentais das ideologias que defendem a não-reencarnação, a sorte das almas seria definitivamente decidida depois de uma única existência. Essa decisão definitiva implicaria o fim de todo o progresso, porque seriam impossíveis decisões definitivas da sorte das almas ao fim de uma única existência. De acordo com essas teorias, tendo vivido os seres de acordo com o bem ou com o mal, as almas iriam imediatamente para a morada dos bem-aventurados ou para o inferno, em ambos os casos por toda a eternidade. Ficariam assim imediatamente separadas para sempre, sem esperanças de voltarem a reunir-se, de tal forma que pais, mães, filhos, maridos e esposas, irmãos e amigos, não podem alimentar a esperança de se reencontrarem: seria a mais absoluta rutura de todos os laços afetivos e sentimentais. Com a reencarnação e o progresso natural, todos os que se amam, quer se encontrem na Terra ou no mundo espiritual, caminham juntos para Deus. Se há os que fracassam ou retardam o seu aperfeiçoamento e a sua felicidade, nem por isso as esperanças estão perdidas. Ajudados, encorajados e amparados pelos entes queridos, sairão um dia das dificuldades em que caíram. Com a reencarnação, portanto, existe perpétua solidariedade entre os encarnados e os desencarnados, de que resulta o estreitamento de toda a espécie de laços de afeto e de consideração.
Item 23: Em resumo, quatro teorias contrastantes foram sendo configuradas para o futuro além túmulo dos seres humanos:
1°- O nada, segundo a ideologia materialista;
2°- A absorção no todo universal, segundo a ideologia panteísta;
3°- A manutenção da individualidade, com fixação definitiva da sorte, céu ou inferno, segundo a doutrina das Igrejas do cristianismo dogmático;
4°- A manutenção da individualidade, com progresso infinito, segundo a cultura fundamentada no ensino dos Espíritos.
Nas duas primeiras, os laços de família seriam quebrados pela morte sem nenhuma esperança de reencontro. Com a terceira, os que fossem para o inferno poderiam tornar a ver os que tivessem igual sorte, e assim por diante. Uma lógica que dispensa comentários. Com a pluralidade das existências, e do consequente progresso gradual, existe a certeza da continuidade das relações entre todos os que se conheceram e amaram, constituindo a verdadeira família.
Obs: Tradução para português de Portugal / 2020, a partir da Terceira Edição -José da Costa Brites e Maria da Conceição Brites
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"A melhor maneira de aprender a desculpar os erros alheios é reconhecer que também somos humanos, capazes de errar talvez ainda mais desastradamente que os outros"
Chico Xavier
Obs: Nova rubrica, todas as quintas deixamos aqui uma citação para reflexão.
Foto: Internet ( tumblr )